Vereador Caio Cordeiro vota contra aprovação das contas do ex-prefeito Kalil Baracat por graves irregularidades

Na sessão ordinária desta terça-feira (29), a Câmara Municipal de Várzea Grande analisou as prestações de contas referentes aos anos de 2021, 2022 e 2023 da gestão do ex-prefeito Kalil Baracat. Em um posicionamento firme, o vereador Caio Cordeiro votou pela reprovação das três contas, contrariando o parecer favorável emitido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Segundo o vereador, as contas apresentam falhas severas, má gestão de recursos públicos e sérias irregularidades, principalmente na área da educação.
“No ano de 2021, por exemplo, Kalil investiu apenas 59,61% dos recursos exigidos do FUNDEB, quando o mínimo legal é de 70%. Justificou com a pandemia, mas o Ministério Público de Contas não aceitou essa desculpa. Aprová-las seria premiar um gestor que não investe o suficiente em Educação”, afirmou Caio.
No exercício de 2022, os relatórios apontam inconsistências na prestação de contas, registros contábeis defeituosos e ausência de transparência, dificultando a fiscalização por parte da sociedade.
As irregularidades de 2023 foram ainda mais alarmantes: 13 achados de auditoria foram identificados, sendo quatro classificados como gravíssimos e cinco como graves. Os principais apontamentos incluem:
- Descumprimento da aplicação mínima de 25% na Educação;
- Manipulação de dados da Dívida Ativa;
- Omissão de dívidas com precatórios;
- Superestimação de receitas;
- Gastos sem indicação de fonte de recurso;
- Falta de transparência no IPTU e arrecadação inferior ao previsto.
“Não posso aceitar um gestor que infla números, omite dados e não cumpre a lei. Meu compromisso é com a verdade e com a população de Várzea Grande. Votei NÃO nas três prestações de contas porque seria uma afronta ao bom uso do dinheiro público aprová-las”, declarou o vereador.
A votação revelou a postura crítica e vigilante de parlamentares comprometidos com a ética na gestão pública e a defesa do interesse coletivo. A decisão de Caio Cordeiro se soma a um movimento de cobrança por mais responsabilidade fiscal e transparência nos municípios.
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